segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reticências.




E o tempo que passou não me serviu como remédio.
E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente.
Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo - quis tanto ter você, depois silêncio - mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona...
E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo - desculpa essas palavras com cara de choro - ainda há reticências.'



(Marla de Queiroz)

Quando a Chuva Passar.

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas,
Nas horas lindas
Que passamos juntos.

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza:
A nossa história não
Termina agora
E essa tempestade
Um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja:
Eu sou o Sol!
Eu sou céu e mar;
Eu sou céu e fim
E o meu amor é imensidão.

Oh! Oh! Oh! Oh!


PS: Post homenageando minha Pek querida que quase enfartou quando tocaram na PUC sábado... hehe

Uma baita musica... Adoro. Letra muito verdadeira, não é o tipo de musica que eu costumo escutar mas é lindona. =)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Wonderland.

"Eu podia contar minhas aventuras... a começar desta manhã”, disse Alice, um pouco envergonhada. “Não adiantaria falar sobre ontem, porque até então eu era uma pessoa diferente."

(Alice in Wonderland)



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

...

"Olhares de redenção não salvam, não fecham feridas, só aumentam a saudade de uma vida que não foi, que não é, que não será."

Time.




"Afinal, há é que ter paciência,
dar tempo ao tempo,
já devíamos ter aprendido,
e de uma vez para sempre,
que o destino tem de fazer muitos rodeios

para chegar a qualquer parte.
"

(José Saramago)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vai dar certo.

"Porque da vida eu só espero rir dos tombos, aprender com o erros e continuar acreditando que no final tudo vai dar certo sempre..."

(Aurélia Vasconcelos)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aqui, Ali.

Sonhar.


"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.

No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."

(William Shakespeare)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desapaixonar.


Não sei bem ao certo quando aconteceu. Remei, remei e remei pra maré mudar, e acho que está acontecendo. O barco aos poucos foi virando, e toma vento forte, rumo pronto. Pelo menos, é o que parece. Na verdade, me dei conta apenas hoje. Me presenteei aquele tempo necessário, onde a gente chora a cada música romântica no rádio, se vê em cada personagem sofredor de novela, tem vontade de ver filmes dramáticos, e o nosso cobertor vira o nosso melhor amigo. A cama, quase nossa casa. Tive alguns dias de insuportabilidade doentia, onde aluguei alguns amigos, horas e horas, vendo e revendo fatos, insinuações, distorções, a história como um todo; contexto e estigma. Gênero e grau. Conclusões, algumas. Conselhos, muitos. A ser uma pessoa mais fria, e racional. A ficar calma, e pensar positivo. A sair e me divertir. Ou simplesmente, tomar mais chimarrão e cuidar de mim, que as borboletas, hão de chegar. Eu sei. Eu me permiti tudo isso. Assinei com convicção o contrato para enclausuro e fim de solidão, recomeço de esperança e felicidade. Deixei a raiva tomar conta, em cada esquina que cruzasse com os casais apaixonados do Centro. Abaixei o som, quando tocavam músicas que me instigavam fundo, mexiam dentro e me faziam nostálgica. Comprei roupas, e um par de sapatos novos, que fizeram subir gradualmente minha auto-estima. Fim dessa confusão toda, e me vejo negando esse ódio da vida, e vendo que, a felicidade é uma opção. Não mais que isso, uma bela e grande opção. Comecei a crer nas possibilidades, sabe? A gente tende a achar que tudo é passageiro, que a vida não é muito aí pra nós, mas se a gente não acredita, é isso que ela se torna: alheia e tão insignificante, quanto passageira. E acho esse processo todo, super válido. Como, se não assim, se preparar pra receber amor, amor bom e com gosto decente, se não desocupando a vaga, tirando o time (totalmente) de campo? Vejo apenas o sumiço, a reestruturação como alternativa. E dona dos meus caminhos e percalços, rodovias e vias de tráfego, acho esse tempo es-sen-ci-al. Tanto que, chegou. Chega de dor, e de papel de vítima. Sentada com perna de índio, cruzadas e olhos fechados, voltamos a ser o que éramos. Que alívio. Pegamos então o mapa, que deveria o tempo todo estar nas nossas mãos, e miramos o horizonte, uns trajetos brilhantes, honrosos e merecidos. Mais do que válidos, muito mais: concebidos.

Mesmo que a gente afaste com barreiras de proteção, e cavaletes, as pessoas querem entrar. Querem chegar até mesmo no funeral , e no luto da ex-felicidade, querem povoar nosso íntimo. Não tem hora, e só pedem lugar. Complicado, mas somos bonzinhos. Por que não? Quem sabe, ué.. O destino nos prega tantas peças, porque não mais uma? Mas a gente tem recaídas. E chora um dia, sabendo que é a última vez: chega a hora de enterrar também num caixão, e tchau. Morreu aqui. Uma pena, mas as lágrimas são saborosas. São um prenúncio, um aviso; acaba daqui a pouco, não estamos chorando em vão.
Dias vazios nos acometem, e ficamos assim meio à deriva, sem rumo e marco certos, mais pra lá do que pra cá. Podia estar melhor, mas tá tudo meio assim, desgostante. Vai melhorar, eu sei. Mais cedo do que você imagina, me dizem. Tudo vai dar certo, eu ouço. E então, a gente sabe que desapaixonou, quando sorri apenas por ver outra pessoa. E o melhor - isso não quer dizer que estejamos apaixonadas. Ainda. Não é paixão, mas o calor de uma possibilidade, de quem sabe, um dia ser. O coração palpita, você ensaia mentalmente falar calma e certeira o que está falando, e no final, a gagueira te pega mais uma vez. Nervosismo, mãos que suam, palavras que saem da boca, fugitivas. É a melhor sensação: sair de um pesadelo, e conseguir (se quiser) entrar numa nova jornada, novas ações. Quer coisa melhor? A gente sorri pelas possibilidades, e não por já entrar em outra aventura. Mas por se ver livre, completamente livre, daquele pesadelo inteiro..Quer coisa mais bonita, mais completa, e transparente, do que a liberdade? Não a que alguém me deu, e sim, a que escolhi por mim mesma. Escolha assim, de gostar e desgostar, de amar e desamarrar, é pra poucos. Como em tudo que faço, a pressa é campeã. O primeiro encontro é mágico, o segundo excitante, e no terceiro já estou totalmente envolvida - ou entediada. No amor, não vejo como ser diferente: me apaixono rápido; e estou aprendo o contrario. Simples? É talvez. Para entrar nesse jogo, basta deixar rolar; a sorte está lançada, e as oportunidades na mesa. Sorte no amor, azar no jogo. Felicidade nos dois? Bom jogo!


Opção.


"Sempre que houver alternativas, tenha cuidado.

Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável,

pelo socialmente aceitável, pelo honroso.

Opte pelo que faz o seu coração vibrar."

(Osho)

Dádiva de viver.

"Entendi então que, de qualquer modo, viver é uma grande bondade para com os outros. Basta viver, e por si mesmo isto resulta na grande bondade. Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela. Viver é dádiva tão grande que milhares de pessoas se beneficiam com cada vida vivida."

(Clarice Lispector em: A Paixão Segundo G.H)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comer, Rezar , Amar...

Filme pra la de bom... Ja assisti 3 vezes, e sempre tiro algo novo que me faz bem. É o tipo de filme que temos que ter em casa para ficarmos sempre recordando a mensagem que ele passa.

Postando aqui uma musica do filme, e logo abaixo trechos que considerei importantes...


"As tragédias da minha vida foram de uma natureza pessoal, e em grande parte criadas por mim mesma..."

(...) e eu comecei a ter uma poderosa sensação de estar protegida, cercada pela boa vontade coletiva de tantas almas importantes."

"Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (pode ser qualquer coisa, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos) e embarcar numa jornada em busca da verdade (para dentro ou para fora), e se você tem mesmo a vontade de considerar tudo que acontece nessa jornada como pista e se você aceitar cada um que encontre no caminho como professor, e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma... então a verdade não lhe será negada."

"Mas acho que a saúde do planeta é afetada pela saúde de cada indivíduo que vive nele. Enquanto duas almas quaisquer estiveram envolvidas em algum conflito, o mundo inteiro será contaminado por isso. Da mesma forma, se duas almas quaisquer puderem ser libertadas da discórdia, isso irá aumentar a saúde generalizada do mundo inteiro..."


(Elizabeth Gilbert em: Comer, Rezar, Amar)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não Acredite.


Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.

Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
(Buda)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Preguiça.


"A preguiça mantém a infelicidade."

(Fabrício Carpinejar)

Interrogação?

"Que procuras? Tudo.
Que desejas? Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida,
mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão."

(Cecília Meireles)

domingo, 7 de novembro de 2010

Teimosa.


"Tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parada. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim."

(Caio Fernando Abreu)


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Coração Desmemoriado.



"Não é que seja exatamente corajoso, meu coração tem é isso de bom: não ocupa espaço com mágoas e, com o tempo, ele se tornou desmemoriado pra assuntos de frustração."

(Ana Jácomo)

Ler.


"Eu poderia ter o mesmo pai, a mesma mãe, ter frequentado o mesmo colégio e tido os mesmos professores, e seria uma pessoa completamente diferente do que sou se não tivesse lido o que eu li. Foram os livros que me deram consciência da amplitude dos sentimentos. Foram os livros que me justificaram como ser humano. Foram os livros que destruíram um a um meus preconceitos. Foram os livros que me deram vontade de viajar. Foram os livros que me tornaram mais tolerante com as diferenças."

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Seu Olhar.



Ceumar interpretando mais uma bela musica. Esse vídeo também tem imagens lindas...

Doida.




"A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou felizmente mais doida."

(Clarice Lispector)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Versos.

"Que tempos difíceis eram aqueles: ter a vontade e a necessidade de viver, mas não a habilidade."
(Charles Bukowski)

"Passei a vida tentando me explicar quando o que mais desejo é viver sem explicação."
(Fabrício Carpinejar)

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome. Isso é o que somos."
(José Saramago)

"Amo a vida. Fascina-me o mistério de existir."
(Helena Kolody)

"Não me explico. Optei por sentir."
(Jaya Magalhães)