segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fim de ano.

Quatro dias para o final do ano que achava ter sido um dos piores da minha vida. Suspiro com alívio, ao contar os dias num calendário de papel, daqueles grandes, que se ganha em lojas populares ou redes de supermercado. Esses trezentos e sei lá quantos dias, foram se amplificando de forma gradual e maçante, sendo que o peso que carrego agora, de todo esse ano pesado e cansativo já machuca meus ombros.
Minhas alegrias, nesses meses que passaram foram todas tão efêmeras e intensas, nunca em plano real. Sempre provindas dos meus anseios loucos, e sonhos desvairados. As ilusões bregas, impensáveis e impossíveis que fiz questão de costurar, uma em cima da outra, ou do lado, meio assim como patchwork. Não me sujeitei a nada do que não quis, e apesar do meu fracasso de ano novo, posso me dizer completa, inteira. Mudar princípios e valores fez parte do ano que se finda, de que adianta morrermos por algo que não tem mais o mesmo valor, para que tentar concertar o que já faz parte do passado e não mais desta realidade de vida que hoje tenho. É como aquelas roupas, que depois de tanto tempo tentando usar, fazer combinações esdrúxulas, ainda mantemos intactas, mesmo que no fundo do armário. Tentamos consertos que quase nunca ficam como o combinado, e a roupa volta apenas a ocupar espaço, e reavivar lembranças, de momentos onde não havia preocupações como a chuva, as festas, o natal e as pessoas. O apego material é muito próximo ao sentimental. Mesmo que as palavras nos remetam obviedades opostas, o sentimento é idêntico. Quando o armário começa a transbordar, ver cada peça de roupa e não sentir mais nostalgia, e sim raiva, é o momento ideal para pegar um grande saco de lixo e colocar tudo dentro, levar para quem realmente necessita de roupas exatamente deste tipo. Porque, se pelo menos não podemos fazer bom uso, um uso correto do que não nos faz mais feliz e satisfaz, nada mais humano do que passar para frente. A troca é justíssima. Vai que alguém decide que é hora de você ganhar roupas novinhas em folha, do jeitinho que você sempre imaginou...

2011, que você me faça feliz. Deixe-me contente e me encante, se o caso for. Porém, tatue nos cadernos e pautas, no que escrevo e que vivo a cor que o ano que ainda não terminou se esqueceu de fixar. Bagunçado que foi, acabou sem demais sorrisos, e levou consigo tanto a alegria extrema quanto a tristeza lamuriante que vivi os doze longos meses (quase) passados, ficando em mim certezas que antes não tinha, ideais que não existiam, sonhos nunca antes sonhados, metas nunca antes traçadas. Deixou vazio, inteirinho pra que você ano novo, pinte e borde o que quiser. E que desde já, peço que é pra acontecer: que venha, e que chegue com força. Surpreenda-me, e faça-se meu herói. Seja o que não foi 2010, e seu papel cumprido será: daqui um ano, quando estiver exercitando o pensamento e novamente dedilhando teclas e idéias, posso pensar 'não acabe dois-mil-e-onze, pois este ano eu fui feliz.
(Arte Camila)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

HUMANIDADE: ser feliz


E nesta busca, tantas vezes desenfreada, louca, passional ou silenciosa, passa pelos dias.

Talvez porque nunca tenham conseguido definir dentro de si mesmos o significado do que é ser feliz, como caçadores inábeis saem em busca deste misterioso tesouro sem nenhuma pista.

E nesta fantasia, consciente ou não, de ser feliz, poucos se tornam livres para mergulhar dentro de si mesmo e descobrir o verdadeiro sentido da vida.

Desconhecendo a função da alma, vivem à procura de fórmulas mágicas para tornar eterna a matéria, açoitados que são, diariamente, pelo temor de morrer.

Ao homem só é ensinado que deve ser um vencedor, nunca que as perdas muitas vezes são responsáveis pela mutação que faz o crescimento.

Constantemente o ouvimos murmurar: quando eu tiver uma casa, um carro, dinheiro, jóias, eu serei feliz. E quase sempre o surpreendemos infeliz e vazio quando de posse destas “felicidades”.

O autoconhecimento é um caminho árduo que traz à tona todas as fraquezas, medos, egoísmos e outros dragões de que queremos fugir e não enfrentar.

Mas se utilizarmos a nossa coragem para descobrir quem verdadeiramente somos nós, nossos medos não mais nos assustarão, nossos limites não serão mais obstáculos porque, conhecidos, nos permitirão aproveitar da vida cada instante, sem aflições, realizar sonhos sem pesadelos, em comunhão com nossa paz interior e passá-la aos outros sem usura.

Mas quem insistir na crença de que orientar sua vida com sabedoria não é fácil, será um eterno caçador da esperança e não a própria esperança que alimenta a realização do nosso destino.
(Desconheço o autor, mas reconheço o mérito)
PS: Texto retirado do Blog Amigos do Freud.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Se Achar / Se Perder.




"Eu hoje acredito que a gente só se encontra quando compreende que a mudança interna faz parte de uma vida inteira, que se achar e se perder faz parte desse eterno desequilíbrio."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Alcançando.


Deixe a vida acontecer, não tente forçá-la.
Através do fazer, só coisas sem valor são alcançadas através do não fazer, pode-se alcançar tudo o que é belo, tudo que é sagrado, tudo que é divino.
(Osho)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não ao Preconceito.

O vídeo é um pouco longo mas vale a pena assistir, é uma baita explicação sobre a polêmica da campanha contra o preconceito com os Ateus e Agnósticos que foi barrada em Porto Alegre e Salvador.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cuca.

"A gente só consegue ver o que está dentro da gente. E você só consegue ver o sujo, o feio e o doente das coisas. Tudo isso está dentro de você, na sua mente, na sua cuca. Aqui. A sua cuca é que é feia, suja e doente. Nada é horrível, nada é maravilhoso. O seu olho daqui é que transforma tudo. O seu jeito de olhar. O que acontece é que você ainda não aprendeu a olhar."

(Caio Fernando Abreu)

Não Tenha Medo.

Fui homenageada com essa musica por um colega, na festa de final de ano da empresa que trabalho.
Adorei... Obrigada Gui....


Não tenha medo de andar
Com suas próprias pernas
Não tenha medo de cantar
Com sua própria voz
Não tenha medo de tentar
Defender suas idéias
Nem a vergonha de pedir
Ajuda a alguém

Não tenha medo de tentar
De estender a sua mão
Não tenha medo de querer
Um dia só de solidão

Não tenha medo da verdade
Não tenha medo de pensar
E chegar a alguma conclusão
E nem a vergonha de chorar
Por saudade de alguém

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Desinteressada.

E daí que eu sou só falta de interesse em tudo que não me atiça os olhos, ou palpita as veias. Abnego toda e qualquer coisa que não me dignifique como realmente me sinto. Hoje eu é que me sinto mais madura e tão mulher. Só me deixo sair da linha pelo que for maravilhoso, singular, diferenciado. Ou valer muito a pena. Deixo meu coração trancafiado às sete chaves, porque para chegar até o cerne, até o limite onde hoje ele se encontra denso e escondido, será uma verdadeira prova de fogo que quem se queima cai fora - onde falta capacidade, me sobra agora indiferença. Sem vidas a mais, sete, cinco; apenas essa única com a qual viemos à Terra e não há data marcada para o fim. Tudo porque minha preocupação em ser altruísta é tão leve e companheira da minha própria presença, do que simplesmente tentar ver em todo e qualquer pessoa alguma coisa boa que me faça prestar atenção com mais destreza e sensibilidade. Não vale a pena, eu penso. Me cansa inteira ficar desenrolando alguma paixão onde já se fecharam portas - ou há janelas que nunca penso em deixar abertas - e ouvir de todo mundo que as pessoas mudam, e merecem chances, e que só irei saber realmente onde dá, se tentar. Quando na realidade, sei que se ocupamos nosso tempo tentando fazer com que qualquer sentimento desponte por quem não nos completa, nem nos faz pensar furtivamente em alguma hora do dia, seja no caminho pra casa, ou naquele cartaz de filme exposto em frente à locadora, não vale a pena. Isento qualquer preocupação previsível de futuro. E curto, tento aproveitar ao máximo. Rio, e danço, sem pensar nem no amanhã e nem em dia nenhum, querendo apenas que o hoje me faça deitar na cama e pensar: dane-se todo esse mundo, eu me diverti. As pessoas que se preocupem consigo mesmas e suas felicidades irreais, ilusórias. Não foi a isso que me fizeram acatar? Inscrita no desapego way of life, desbanco oportunidades, e esbanjo despreocupação por aí.

E se num dia somos caçador, a glória de ser caça e fugir pra longe, correr veloz, chega também. Nenhum apego, isenção de afetos. Sem mais pensamentos depressivos em músicas suaves, ou vontades incontroláveis de ligar para o que um dia fez total sentido. E o melhor: ver que esse lado da moeda (ou proposta temporária de vida) pode ser algo altamente interessante. E benéfico. Que funciona muito melhor ao ego do que fazer as unhas na sexta-feira ou comprar um par de sapatos. Ou cortar o cabelo, ou escutar cinco cantadas por quarteirão percorrido. Quando você está por cima, você realmente se sente poderosa e feminina, meio como aquelas mulheres escorregadias dos filmes em preto e branco, década de cinquenta, que amam quem não devem e fazem sofrer aqueles que insistem em tentar mergulhar em algo que os afogará. Que vai vivendo, e vendo no que dá, enquanto nada a faça novamente suar as mãos, ou manifestar os tão antigos e apegados sentimentos de ansiedade frequente. Uma menina que arranca e larga flores pelo caminho, deixadas ao chão, ou em árvores aleatórias, até o encontro do girassol que a faça envolver o mundo, e desprender toda sua majestosa atenção. E que valha a pena, na mesma medida altamente real que ela também vale.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que tem de ser...


"Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam. Mas, vantagens? Ah, isso também tem. A melhor delas é conhecer gente. Não tem coisa melhor (nem pior) do que gente. E, na minha opinião, não é plantado no mesmo lugar, caminhando sempre pelas mesmas ruas, repetindo ano após ano os mesmos programas, que você vai conhecer pessoas novas."

(Caio Fernando Abreu)

Movimento.

"É preciso tanto movimento, tantas mudanças internas e externas, para descobrir que a paz está bem tranqüila dentro do nosso coração."

(Denise Portes)

Chás.

'Para provar novos chás, é preciso esvaziar a xícara .'

(Caio Fernando de Abreu)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mudanças.

Desejo que você
Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.

(Augusto Cury)



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reticências.




E o tempo que passou não me serviu como remédio.
E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente.
Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo - quis tanto ter você, depois silêncio - mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona...
E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo - desculpa essas palavras com cara de choro - ainda há reticências.'



(Marla de Queiroz)

Quando a Chuva Passar.

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas,
Nas horas lindas
Que passamos juntos.

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza:
A nossa história não
Termina agora
E essa tempestade
Um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja:
Eu sou o Sol!
Eu sou céu e mar;
Eu sou céu e fim
E o meu amor é imensidão.

Oh! Oh! Oh! Oh!


PS: Post homenageando minha Pek querida que quase enfartou quando tocaram na PUC sábado... hehe

Uma baita musica... Adoro. Letra muito verdadeira, não é o tipo de musica que eu costumo escutar mas é lindona. =)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Wonderland.

"Eu podia contar minhas aventuras... a começar desta manhã”, disse Alice, um pouco envergonhada. “Não adiantaria falar sobre ontem, porque até então eu era uma pessoa diferente."

(Alice in Wonderland)



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

...

"Olhares de redenção não salvam, não fecham feridas, só aumentam a saudade de uma vida que não foi, que não é, que não será."

Time.




"Afinal, há é que ter paciência,
dar tempo ao tempo,
já devíamos ter aprendido,
e de uma vez para sempre,
que o destino tem de fazer muitos rodeios

para chegar a qualquer parte.
"

(José Saramago)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vai dar certo.

"Porque da vida eu só espero rir dos tombos, aprender com o erros e continuar acreditando que no final tudo vai dar certo sempre..."

(Aurélia Vasconcelos)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aqui, Ali.

Sonhar.


"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.

No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."

(William Shakespeare)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desapaixonar.


Não sei bem ao certo quando aconteceu. Remei, remei e remei pra maré mudar, e acho que está acontecendo. O barco aos poucos foi virando, e toma vento forte, rumo pronto. Pelo menos, é o que parece. Na verdade, me dei conta apenas hoje. Me presenteei aquele tempo necessário, onde a gente chora a cada música romântica no rádio, se vê em cada personagem sofredor de novela, tem vontade de ver filmes dramáticos, e o nosso cobertor vira o nosso melhor amigo. A cama, quase nossa casa. Tive alguns dias de insuportabilidade doentia, onde aluguei alguns amigos, horas e horas, vendo e revendo fatos, insinuações, distorções, a história como um todo; contexto e estigma. Gênero e grau. Conclusões, algumas. Conselhos, muitos. A ser uma pessoa mais fria, e racional. A ficar calma, e pensar positivo. A sair e me divertir. Ou simplesmente, tomar mais chimarrão e cuidar de mim, que as borboletas, hão de chegar. Eu sei. Eu me permiti tudo isso. Assinei com convicção o contrato para enclausuro e fim de solidão, recomeço de esperança e felicidade. Deixei a raiva tomar conta, em cada esquina que cruzasse com os casais apaixonados do Centro. Abaixei o som, quando tocavam músicas que me instigavam fundo, mexiam dentro e me faziam nostálgica. Comprei roupas, e um par de sapatos novos, que fizeram subir gradualmente minha auto-estima. Fim dessa confusão toda, e me vejo negando esse ódio da vida, e vendo que, a felicidade é uma opção. Não mais que isso, uma bela e grande opção. Comecei a crer nas possibilidades, sabe? A gente tende a achar que tudo é passageiro, que a vida não é muito aí pra nós, mas se a gente não acredita, é isso que ela se torna: alheia e tão insignificante, quanto passageira. E acho esse processo todo, super válido. Como, se não assim, se preparar pra receber amor, amor bom e com gosto decente, se não desocupando a vaga, tirando o time (totalmente) de campo? Vejo apenas o sumiço, a reestruturação como alternativa. E dona dos meus caminhos e percalços, rodovias e vias de tráfego, acho esse tempo es-sen-ci-al. Tanto que, chegou. Chega de dor, e de papel de vítima. Sentada com perna de índio, cruzadas e olhos fechados, voltamos a ser o que éramos. Que alívio. Pegamos então o mapa, que deveria o tempo todo estar nas nossas mãos, e miramos o horizonte, uns trajetos brilhantes, honrosos e merecidos. Mais do que válidos, muito mais: concebidos.

Mesmo que a gente afaste com barreiras de proteção, e cavaletes, as pessoas querem entrar. Querem chegar até mesmo no funeral , e no luto da ex-felicidade, querem povoar nosso íntimo. Não tem hora, e só pedem lugar. Complicado, mas somos bonzinhos. Por que não? Quem sabe, ué.. O destino nos prega tantas peças, porque não mais uma? Mas a gente tem recaídas. E chora um dia, sabendo que é a última vez: chega a hora de enterrar também num caixão, e tchau. Morreu aqui. Uma pena, mas as lágrimas são saborosas. São um prenúncio, um aviso; acaba daqui a pouco, não estamos chorando em vão.
Dias vazios nos acometem, e ficamos assim meio à deriva, sem rumo e marco certos, mais pra lá do que pra cá. Podia estar melhor, mas tá tudo meio assim, desgostante. Vai melhorar, eu sei. Mais cedo do que você imagina, me dizem. Tudo vai dar certo, eu ouço. E então, a gente sabe que desapaixonou, quando sorri apenas por ver outra pessoa. E o melhor - isso não quer dizer que estejamos apaixonadas. Ainda. Não é paixão, mas o calor de uma possibilidade, de quem sabe, um dia ser. O coração palpita, você ensaia mentalmente falar calma e certeira o que está falando, e no final, a gagueira te pega mais uma vez. Nervosismo, mãos que suam, palavras que saem da boca, fugitivas. É a melhor sensação: sair de um pesadelo, e conseguir (se quiser) entrar numa nova jornada, novas ações. Quer coisa melhor? A gente sorri pelas possibilidades, e não por já entrar em outra aventura. Mas por se ver livre, completamente livre, daquele pesadelo inteiro..Quer coisa mais bonita, mais completa, e transparente, do que a liberdade? Não a que alguém me deu, e sim, a que escolhi por mim mesma. Escolha assim, de gostar e desgostar, de amar e desamarrar, é pra poucos. Como em tudo que faço, a pressa é campeã. O primeiro encontro é mágico, o segundo excitante, e no terceiro já estou totalmente envolvida - ou entediada. No amor, não vejo como ser diferente: me apaixono rápido; e estou aprendo o contrario. Simples? É talvez. Para entrar nesse jogo, basta deixar rolar; a sorte está lançada, e as oportunidades na mesa. Sorte no amor, azar no jogo. Felicidade nos dois? Bom jogo!


Opção.


"Sempre que houver alternativas, tenha cuidado.

Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável,

pelo socialmente aceitável, pelo honroso.

Opte pelo que faz o seu coração vibrar."

(Osho)

Dádiva de viver.

"Entendi então que, de qualquer modo, viver é uma grande bondade para com os outros. Basta viver, e por si mesmo isto resulta na grande bondade. Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela. Viver é dádiva tão grande que milhares de pessoas se beneficiam com cada vida vivida."

(Clarice Lispector em: A Paixão Segundo G.H)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comer, Rezar , Amar...

Filme pra la de bom... Ja assisti 3 vezes, e sempre tiro algo novo que me faz bem. É o tipo de filme que temos que ter em casa para ficarmos sempre recordando a mensagem que ele passa.

Postando aqui uma musica do filme, e logo abaixo trechos que considerei importantes...


"As tragédias da minha vida foram de uma natureza pessoal, e em grande parte criadas por mim mesma..."

(...) e eu comecei a ter uma poderosa sensação de estar protegida, cercada pela boa vontade coletiva de tantas almas importantes."

"Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (pode ser qualquer coisa, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos) e embarcar numa jornada em busca da verdade (para dentro ou para fora), e se você tem mesmo a vontade de considerar tudo que acontece nessa jornada como pista e se você aceitar cada um que encontre no caminho como professor, e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma... então a verdade não lhe será negada."

"Mas acho que a saúde do planeta é afetada pela saúde de cada indivíduo que vive nele. Enquanto duas almas quaisquer estiveram envolvidas em algum conflito, o mundo inteiro será contaminado por isso. Da mesma forma, se duas almas quaisquer puderem ser libertadas da discórdia, isso irá aumentar a saúde generalizada do mundo inteiro..."


(Elizabeth Gilbert em: Comer, Rezar, Amar)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não Acredite.


Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.

Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
(Buda)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Preguiça.


"A preguiça mantém a infelicidade."

(Fabrício Carpinejar)

Interrogação?

"Que procuras? Tudo.
Que desejas? Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida,
mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão."

(Cecília Meireles)

domingo, 7 de novembro de 2010

Teimosa.


"Tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parada. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim."

(Caio Fernando Abreu)


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Coração Desmemoriado.



"Não é que seja exatamente corajoso, meu coração tem é isso de bom: não ocupa espaço com mágoas e, com o tempo, ele se tornou desmemoriado pra assuntos de frustração."

(Ana Jácomo)

Ler.


"Eu poderia ter o mesmo pai, a mesma mãe, ter frequentado o mesmo colégio e tido os mesmos professores, e seria uma pessoa completamente diferente do que sou se não tivesse lido o que eu li. Foram os livros que me deram consciência da amplitude dos sentimentos. Foram os livros que me justificaram como ser humano. Foram os livros que destruíram um a um meus preconceitos. Foram os livros que me deram vontade de viajar. Foram os livros que me tornaram mais tolerante com as diferenças."

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Seu Olhar.



Ceumar interpretando mais uma bela musica. Esse vídeo também tem imagens lindas...

Doida.




"A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou felizmente mais doida."

(Clarice Lispector)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Versos.

"Que tempos difíceis eram aqueles: ter a vontade e a necessidade de viver, mas não a habilidade."
(Charles Bukowski)

"Passei a vida tentando me explicar quando o que mais desejo é viver sem explicação."
(Fabrício Carpinejar)

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome. Isso é o que somos."
(José Saramago)

"Amo a vida. Fascina-me o mistério de existir."
(Helena Kolody)

"Não me explico. Optei por sentir."
(Jaya Magalhães)


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fidelity

(Shake it up)

"I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost
In the sounds."

(Gosto muito desta musica, a letra não tem nada a ver com meu estado de estar. Curti mesmo antes de traduzi-la, ela me reporta a bons momentos. A Regina Spektor é uma baita cantora, aprecio muito seu trabalho)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

“Amansidade”

Assustada comigo mesma, estou calma. Complacente, harmoniosa. Sem pressa nenhuma, deixo que meus olhos se abram aos poucos para a realidade, desenvoltos da nuvem fantasiosa de pouco tempo atrás. Idealizações que criei abortadas, e agora passos lentos, como nunca me imaginei trilhando. Deixar que o destino atravesse seu caminho sem minha interferência inconveniente de questionadora, astuta e inquieta, é uma novidade. Até quando, não sei, mas reaprender a enxergar, caminhar e sentir tem me dado um alívio antes nunca descoberto. E eu permito que a vida se encarregue de deixar a felicidade entrar, com a porta sempre aberta a possíveis sorrisos e gargalhadas. Estado civil não garante alegria, e amizade é pra todo dia. Ser feliz comigo mesma é a companhia inusitada que senta no meu divã, e eu divago sem culpa nenhuma, entre o que foi, e que quero que venha. Com um sossego que me cala, e deixa consentir. Não abaixo a cabeça, mas a levanto cada vez mais: porque eu mereço, porque a vida é ao mesmo tempo esse minuto, e todo o amanhã também. E as possibilidades se ampliam a cada passo reformulado que a gente dá. Para frente, e não para qualquer passado infortunado. Inovar é ainda mais necessário. Dentro de mim, mudanças sutis se intercalam com estridentes descobertas. Desordenam-se e se unem. Teorias e confabulações que caem por terra, a cada nova experiência, pessoa conhecida, idéia trocada. Ideologias que mudam, sonhos que se permutam. Cada vez mais, a resposta que encontro é cuidar da pessoa que mais me ama nesse mundo. E uma certeza: ela está mais perto do que eu imaginava. Sentada agora na cama, deixando a mente tomar voz, e os dedos movimento. E ela não prova mais nada para ninguém, porque ela sabe que se quiser conquistar esse mundo, forças nela não irão faltar. Ela é a contradição que sonhou pra si mesma, e vive tudo na mais aguda urgência. É completa em sua inocência, e simplista na aventura que é atravessar os dias sem nenhuma vontade de sumir. Vitoriosa de suas dores, e uma fortaleza em conselhos bons. Aprendeu a habitar também jardins floridos e avenidas desgovernadas. Sabe o que é melhor nisso tudo? Eu completei esse nível. Derreto-me com meus erros e defeitos, com minha ansiedade constrangedora. Orgulhosa das escolhas que fiz, e de todo lugar que pisei, decisões que tomei. Gosto do meu coração imenso, da minha “amansidade” em palavras, da minha pressa corajosa de seguir em frente. De toda essa fé que tem me tomado conta, e me feito valente. De ser como sou, e não me negar em nenhuma circunstância. Hoje eu sei que me amo, e sabe do que mais: além de me retribuir, me recompenso. Sempre mais, e mais. Até aparecer alguém que me faça conciliar todo esse amor concreto que é real, e valorizá-lo ao invés de jogá-lo num canto qualquer. E que com um amor também sólido e absorto em hombridade, seja corajoso o suficiente para aguentar essa minha loucura de me gostar demais.

(C. Paier)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Travessia...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos"
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Show do Fito Páez.

Ontem (14/10/10) tive a oportunidade de ir ao show do Fito Paez em Porto Alegre, posso dizer que foi simplesmente perfeito. Além dele ser um ótimo cantor, compositor e musico o que encanta em sua apresentação é a interpretação que ele faz da musica. Ele não esta no palco apenas para mostrar seu trabalho, más também para viver o que esta cantando. No momento em que se apresenta podemos sentir e perceber em suas expressões a emoção da letra, a verdade colocada em cada verso, em cada melodia.

Sua banda é estupendamente maravilhosa. Eu não entendo lá muito bem de musica, mas fui acompanhado de alguém que é perito no assunto, o qual me falou que “os caras são fera” sendo assim tive a confirmação de que eles são bons mesmo.

O show não tem nada de muito técnico, eles são autênticos e vivem o momento, com seus solos individuais e comportamento super à vontade em frente aos fãs.

Começou pontualmente 22hs conforme marcado. A casa estava cheia, com um publico bem diferenciado, novos e mais experientes, pais com seus filhos, gente do interior do RGS e também de outros estados.

Ele abriu com uma musica do novo álbum “Confiá” até metade foi alternando com antigas como ”Circo Beat” “Naturaleza Sangre’’ “Um Vestido y um Amor” entre outros. Claro que os fãs foram ao delírio com seus maiores sucessos como “Eso que llevas ahí” “Al Lado Del Camino”

Depois de um intervalo de 5min ele retornou ao palco, apresentou primeiramente um solo de piano, e mais umas quatro canções. Encerrou o show de mais de 2horas com a música “Mariposa Technicolor” e a platéia super vibrante.


O Fito entrou na minha vida há algum tempo, e não vejo a possibilidade dele sair. Já estou super ansiosa para a vinda dele em 2011 com seu próximo álbum. =D


Tirei algumas fotos. Eu estava bem próxima ao palco, não ficaram muito boas, mas o que vale mesmo não são as lembranças em fotografias e sim o que fica gravado na memória.





quarta-feira, 13 de outubro de 2010

De Repente.





'Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'
- Caio Fernando Abreu -

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Aprendi...

...que amores eternos podem acabar em uma noite, que grandes amigos podem se tornar em grandes inimigos, que o amor sozinho não tem a força que eu imaginei, que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno, que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecermos a nós mesmos, que os poucos amigos que te apóiam na queda, são mais fortes dos que os muitos que te empurram, que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba, que a minha familia com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso, que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo, que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo, que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido tudo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Momento.


(Este texto é antigo já, e muito conhecido. Resolvi postar aqui porque tem feito muito sentido.)

Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são lançadas no ar… Essas bolas são: o trabalho , a família, a saúde, os amigos e o espírito. O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.

Entendam isso e assim conseguirão o equilíbrio na vida’. Como?

Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio. Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.Apegue-se a ela como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de suas vidas. Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar. Não tema admitir que não é perfeito. Não tema enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes. Não exclua o amor de sua vida dizendo que não se podeencontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas. Corra atrás de seu amor, ainda dá tempo! Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para
onde vai. Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente. Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar uma palavra dita.

A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser
desfrutada a cada passo.

Lembre-se: Ontem é historia.
Amanhã é mistério e
HOJE é uma dádiva.